Terça-feira, 18 de Setembro de 2007

Depilaçao

Depilação (versão masculina)

Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário em que
não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é
segunda-feira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou
brincando com minhas "partes". Após alguns minutos ela veio com a
seguinte ideia: Por que não depilamos seus ovinhos, assim eu poderia
fazer "outras coisas" com eles.
 Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos
fiquei imaginando o que seriam "outras coisas". Respondi que não, que
doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas
técnicas de depilação e eu não tive mais como negar. Concordei.
Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos
necessários para tal feito. Fiquei olhando para TV, porém minha mente
estava vagando pelas novas sensações que só acordei quando escutei o
bip do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns
pedaços de plástico. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela
estava com um ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico
urologista sentindo-se como residente. Fiquei tranquilo e autorizei o
restante do processo. Pediu para que eu ficasse numa posição de
quase-frango-assado e liberasse o acesso à zona do agrião. Pegou meus
ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e começou a passar
cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa !! O Sr.Pinto já estava
todo "pimpão" como quem diz: "sou o próximo da fila"!! Pelo início,
fiquei imaginando quais seriam as "outras coisas" que viriam.
Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos no
plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viajem.
Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer: Na
Thailândia, na China ou pela Internet mesmo. Porém, alguns segundos
depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um puxão repentino.
Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUTA QUE O PARIU
quase falado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado
grudado na cera. Ela disse que ainda restaram alguns pelinhos, e que
precisava passar de novo. Respondi prontamente: Se depender de mim
eles vão ficar aí para a eternidade !!
Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos,
como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em
extinção, e fui para o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos. Abri
o chuveiro e foi a primeira  vez que eu molho o saco antes de molhar a
cabeça. Passei alguns minutos só deixando a água escorrer pelo meu
corpo.
Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um
bebezinho novo: faz merda atrás de merda. Peguei meu gel pós barba com
camomila "que acalma a pele", enchi as mãos e passei nos ovos. Foi
como se tivesse passado molho de pimenta. Sentei na privada, peguei a
toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem abana um boxeador
no 10° round. Olhei para meu Pinto. Ele era tão alegrinho minutos
atrás, estava tão pequeno que mais  parecia que eu tinha saído de uma
piscina 5 graus abaixo de zero.
Nesse momento minha esposa bate na porta do banheiro e perguntou o que
estava acontecendo. Aquela voz antes aveludada ficou igual um carrasco
mandando eu entregar o presidente da revolução.
Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela estava argumentado que os
pelos tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer. "Pela
espessura da pele do meu saco, meus netos irão nascer sem pelos nos
ovos", respondi.
Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei para olhar com meio metro
de distância e sem tocar em nada!!Vesti a camiseta e fui dormir
(somente de camiseta). Naquele momento sexo para mim seria somente
para perpetuar a espécie humana. No outro dia pela manhã fui me
arrumar para ir trabalhar. Os ovos estavam mais calmos, porém mais
vermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentir o vento bater em
lugares nunca antes visitados. Tentei colocar a cueca, mas nada feito.
Procurei alguma cueca de veludo e nada. Vesti a calça mais folgada que
achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo.
Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado. Falei bom dia
para todos, mas sem olhar nos olhos. E passei o dia inteiro
trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em
qualquer superfície.
Resultado, certas coisas devem ser feitas somente pelas mulheres. Não
adianta tentar misturar os universos masculino e feminino.

sinto-me:

TS às 09:53
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